10/25/2013

A perturbação do instante



Tenho achado que as pessoas precisam de simplificações para viverem sem neuroses. São automatizações vivenciais. Já algumas procuram complexificar os instantes em busca de repostas surdas. O certo é que palavras não bastam para expressar esse emaranhado “vívico”.

Crédito da imagem: Aaron Reed
Localização: Oregon

10/01/2013

O caminhar



Em tempos de visibilidade de opiniões, sinto-me perdido nessa profusão de desacertos. São tantas formas de olhar os momentos que reafirmo minha ínfima parte neste agora.


5/05/2012

Marasmo flutuante


Entre saltos e mergulhos do caminhar, as ondas da vida nos arrebatam para um depois pensante. Ausente nos espaços, tenho me dado conta desse descompasso. Corrente, descontente e incipiente.
Foto: Animalia.

9/19/2011

Coordenadas paralelas

Depauperado no mundo, circundado por instantes que inspiraram ações descompassadas, ele tem refletido cores torpes. Unidos por finitudes, vão percorrendo um infinito obnubilado, vivenciando instantes indigeríveis do querer. São desejos plenos de um agora. Coletivo, inexato e depois.
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8/13/2011

Ambivalência do possível

Viver é de uma ambivalência simplificadora que passamos pela vida sem nem perceber. Respirar, decidir, compartilhar e andar estão entrelaçados em instantes ensurdecedores. Tudo ao mesmo tempo, compartilhado com outros instantes vívicos. Múltiplas possibilidades transformadas em uma escolha. E você, já fez a sua?
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7/10/2011

Um olhar no querer



Insuflo quereres vindouros em busca de momentos arquétipos. Para isso, há muito tempo tenho pisado no agora com olhos do amanhã. Não padece, mas é. É um momento de desgaste, emulado por atos autômatos. Descompassados atos. Microscópico momento, perante a balbúrdia vigente.
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3/29/2011

A perpetuação do ser

A família é um laboratório para vida. É ela que nos prepara para o amanhã. Nela, desenvolvemos e experienciamos um emaranhado de sentimentos. A partir disso, podemos colocar em prática com todos os seres existentes o maior, a síntese, de todos os sentires: o amor.

Há tempo me questiono porque essa experiência, na prática, não é ampliada. O que vejo são vivências segregadoras. Na maioria das vezes, os filhos são criados como fruto. Dando continuidade a um rito incessante. Um filho deveria ter a função social? O questionamento reflete uma convicção: a possibilidade de formar um ser melhor, capaz de querer, fazer, um mundo melhor.

Conscientes ou não, é fato que estamos preparando nossos filhos para o mundo, para sua sobrevivência/existência. Nem sempre os pais estão conscientes disso. Formam suas crias no sono existencial, automatizados pelos instantes da vida. Cada um usando sua compreensão, a formação que teve, para fazer o melhor.

Com isso, criamos seres segregadores, que elegem os preteridos. Neste contexto, questões pontuais surgem: a família sempre está em primeiro lugar? Há diferenças entre os seres? A sua dor é menor do que a do outro? Dentro do universo existencial, essas micro-individualizações, que são as famílias, saqueiam uniões mais amplas e legitimam a exclusão de outros.

É importante que fique claro que não estou defendendo o fim da instituição. Milito pela reflexão do ato, como também pela ampliação dos laços. Todos têm a ganhar.
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2/02/2011

Relativizando as escolhas

No ciclo existencial, existem coisas classificadas como boas e más. Baseados em crenças, vivemos em busca das melhores. Os artifícios são diversos, não importando, muitas vezes, o preço a ser pago. Honestidade, compromisso e desprendimento deveriam ser alguns dos ideais norteadores dessa busca. Infelizmente, ou felizmente, os conceitos são relativizados pela compressão individual.
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1/29/2011

A improbabilidade no amanhã

A diversidade dos momentos na existência me deixa confuso. O que ontem era impensável, hoje pulsa nos segundos da vida. Planejamento nem sempre há. Neste contexto, entre as limitações para lidar com esses instantes, busco entender o depois.
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1/02/2011

Generalizações nem sempre possíveis

Finais, dias de Bahia (Salvador). Minha jornada nessa terra sui generis está próxima de encerrar. Não há nada igual no País. Existe, por essas bandas, um pulsar “desejótico” desordenado. Os encontros destes geram o caos. Tudo acontecendo em um emaranhado de quereres, onde o mais veloz leva vantagem sobre todas as outras formas de vontades.

Entre as diversas consequências dessa exacerbação de desejos, a convivência entre os pares, em alguns momentos, é caótica. Sensações? São diversas. Uma bastante forte, corrijam-me caso achem que estou errado, é que o estado é ausente. Ausente na coerção e na educação das práticas para o convívio social. Existe, também, uma disparidade social e econômica, semente cultural da individualização/segregação corriqueira, gritante entre a população.

Exemplos? São muitos! As leis de trânsito é a lei do eu. Filas? Nem sempre há de se respeitar. Violência? Faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. E assim a população vai vivendo entre sorrisos e gritos, contrastando com a alegria e a vibração impar das pessoas. Tenho dificuldade em destacar qual dos problemas ganham maior evidência. No final das contas, o período da estada foi de crescimento e aprendizagem.
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10/19/2010

Significantes

Este espaço anda um pouco abandonado, para variar. Não que a importância dele seja pequena, pelo contrário, ele reflete a melhor parte de mim. Muitas das ideias expressas aqui são pulsantes em minha vida.

Apesar disso, escrevo minimamente e dou prioridade a outros instantes. Nos momentos de reflexão, percebo que pouco desses pensamentos são apresentados em palavras no dia a dia – talvez, pela velocidade do existir e pela automatização do cotidiano, não exista espaço para esse tipo de raciocínio. De qualquer forma, são nos atos e em pequenos fragmentos da fala que os encontro.

Sinto falta não apenas de escrever aqui. Os comentários fazem parte do rol engrandecedor deste espaço. São neles que acho, muitas vezes, a amplificação do meu olhar. Eles representam a ressignificação vívica do eu. Local onde as ideias paralelas ganham forma de espiral. No somatório dessas representações, é aqui que desacelero os meus pensamentos e os complexifico em palavras.
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6/30/2010

Ser diferente

Para os olhares rasteiros, o diferente é nominado como insano. Tal discernimento baseia-se na incompreensão dos atos e na mecanização do fato. Nesse contexto, os olhos são os enlouquecedores do ser. A normatização engendra passos letárgicos e, muitas vezes, palpatiza a vida em sociedade. Contudo, viver é o mais importante, afinal, a verdade não me pertence.
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6/19/2010

Desejos no depois

Tenho uma relação suspeita com o desejo. Geralmente desconheço a sua origem e indago-me sobre o seu nascedouro. Será que os desejos omitidos do hoje esperam o amanhã para cobrar a sua materialização? Acredito que não. Imagino que essa seja uma relação de escolha e aceitação. Com esse vislumbre, teremos tranquilidade para lidar com o não no depois.
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6/05/2010

A essência descompleta

Vivencio lugares e nada vejo. A busca é inominada, fugaz. O resultado é uma crença voraz de um descrente. Neste meio tempo, tenho corroído a parte concreta de mim. Vivo.

Com pensamentos e palavras próximas, a inspiração deste post veio do Dias genéricos.

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5/30/2010

Responsabilização reflexa

Desnudo de significados, o homem se apresenta à vida. Nesse momento, o primeiro sopro representa a abstração vívida. São os instantes, sequenciais ou fragmentados, os consolidadores do eu. Durante esse percurso, a formação aflora com o passar dos segundos. São neles que residem nossa responsabilidade nas ações do outro. O ser-presente, de olhar automatizado, adormecido pela engrenagem existencial, digere seus pares nos atos do agora. São juízes vorazes. Classificadores momentâneos, esquecem-se da sua co-autoria nos fatos.
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